domingo, 11 de abril de 2010

AMAZÔNIA FOTO CLUBE

Os primeiros fotoclubes surgiram na França na década de 1850. No Brasil surgiu em 1918 com a fundação do Photo Club Helios, em Porto Alegre – RS.
Na década dos cinquentas os fotoclubes se espalhavam pelo Brasil congregando apaixonados por fotografia permitindo o surgimento de muitos talentos na fotografia brasileira.
O avanço tecnológico fez surgir a fotografia digital e, naturalmente, passou a estimular o surgimento de diversas atividades hobby – fotografia, cinema, etc. – e atividades profissionais hoje indispensáveis e/ou complementares à vida humana como a informática.
Esse avanço deu novo impulso ao fotoclubismo de fotografia. Essas agremiações, reunindo fotógrafos amadores e profissionais, além de amantes dessa atividade, tornou-se espaço comum para troca de experiências e informações além, claro, de aprendizagem a todos àqueles identificados com a atividade.
Segundo registros históricos o primeiro fotógrafo a estabelecer-se na região foi Charles Fredricks, nos idos de 1844 que aqui montou o primeiro estúdio fotográfico, mas que permaneceu pouquíssimo tempo entre nós, haja vista que a fotografia era olhada com desconfiança e até mesmo medo de que aquela atividade roubasse a alma daqueles que eram fotografados.
O primeiro fotógrafo a se estabelecer por aqui foi Felipe Augusto Fidanza, que aqui chegou junto à comitiva do imperador Pedro II aquando da Abertura dos Portos da Amazônia. Fidanza tornou-se a maior referência da fotografia paraense e através do Photo Fidanza, atuante por cerca de 100 anos de divulgação visual paraense.
Como todas as outras atividades a fotografia cria seus próprios grupos sociais. Surgem lugares onde fotógrafos se encontram, publicações especializadas, gírias, conceitos de valores, enfim, uma sociedade da fotografia, um mundo cultural com suas regras e peculiaridades. Sejam físicos ou virtuais, cada vez mais surgem lugares onde fotógrafos se reúnem para trocar experiências, tirar dúvidas ou apenas papear. Mas com a popularização da internet os locais virtuais, ou seja, na rede, se multiplicaram até um ponto que seria impensável há alguns anos atrás (Yuri Bittar).
Em tempos mais recentes, a chegada em Belém de Miguel Chikaoka, na década dos oitentas, junto com a criação da Fotoativa, fez com que a fotografia paraense tomasse novos rumos nas mais diversas especialidades da fotografia onde se pode ressaltar o fotojornalismo de Porfírio da Rocha e Pedro Pinto, dentre outros que compõem uma extensa galeria de expoentes de nossa história visual (Maria Christina).
Importante ressaltar a presença de diversos fotoclubes na década dos sessentas que lançaram tendências e marcaram a fotografia paraense com registros inesquecíveis, sendo responsáveis por inúmeros salões fotográficos e outras formas de divulgação popular da fotografia além de prêmios nacionais e internacionais que laurearam fotógrafos que ali começaram ou expandiram sua arte.
Em muitas ocasiões foram tentadas iniciativas para a criação e fundação de novos fotoclubes com a finalidade de permitir o surgimento de novos talentos além do aprendizado e troca de conhecimentos que essas instituições agregam. Alguns não prosperaram, outros não conseguiram consolidar sua criação por motivos diversos e dificuldades intransponíveis àqueles que tentaram.
Assim, com esse objetivo - apoiar e divulgar o desenvolvimento da arte fotográfica, disseminar conhecimentos fotográficos aos seus membros e à comunidade em geral, através de atividades culturais e educativas tais como cursos, seminários, palestras, exposições, publicações e tarefas afins; participar e dar apoio às associações, entidades, instituições, federações ou confederações de objetivos semelhantes aos seus, a critério da diretoria, reuniram-se, em 17/10/2009, JMConduru, JEIketani, CalbertoGuedes, SidDias, ClaudioVieira e AnaMokarzel, criando o AMAZÔNIA FOTO CLUBE.
A difícil fase inicial, de consolidação legal da instituição: registros cartoriais e registro junto à repartições federais, estaduais e municipais, que demandam tempo e recursos se arrastou até a primeira semana de abril de 2010, quando o AFC recebeu da Receita Federal do Brasil a confirmação de sua inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas, o CNPJ, imprescindível para sua existência legal.
O Amazônia Foto Clube se dedicará às suas atividades através de seus administradores e associados, e adotará práticas de gestão administrativa, suficientes a coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens, lícitas ou ilícitas, de qualquer forma, em decorrência da participação nos processos decisórios do clube.
A partir daqui o Amazônia estará apto a receber apoios, auxílios e recursos para consecução de seus objetivos sociais, previstos estatutariamente, tendo a frente sua primeira diretoria eleita de forma democrática e legal, para implementar o clube nesses dois primeiros anos de vida.
Assim, aqueles que encontram um ponto em comum aos objetivos do AFC e de seus membros, sejam muito bem vindos. Não somos nem devemos ser contraponto a quem quer que seja, aqui estamos para divulgar os trabalhos de nossos membros efetivos, trocar informações e conhecimentos com todos aqueles que fazem da fotografia paraense um hobby, uma paixão, uma profissão e o encontro com amigos uma enorme fonte de prazer e aprendizado. O clube pretende divulgar trabalhos buscando sempre a inovação e, fundamentalmente, a oportunidades aos novos talentos paraenses da fotografia.
Vida longa ao AMAZÔNIA FOTO CLUBE!